Não saber....


Será assim tão errado não saber quem eu sou? Que estou aqui a fazer? Qual é o propósito de eu estar aqui?
Aparentemente tenho tudo aquilo que se poderia desejar.... Um marido amoroso, mas com pouca paciência para mim (também não deve ser fácil para ele lidar comigo), casa, trabalho (bom ou mau, é um trabalho), uma cadela lindíssima, do qual tenho a certeza que qualquer criador daria o tomate esquerdo para a ter e o meu bolinhas velhinho estacionado á porta.
Desde muito nova que nunca soube o que queria ser na vida. Por isso, vivi grande parte da minha vida confusa e perdida com o que queria fazer. E ainda hoje aos 31 anos vivo confusa e angustiada com essa parte.
Penso que uma pequena parte de mim ficou presa nos meus vinte anos de idade. Lidar com problemas de adultos. Impostos, leis, estudos de mercado, estratégias de vendas.... Sinto me totalmente incapaz para tal.
Irrita me a minha falta de método, de falta de perfeição constante, de desinteresse por algo, passado algum tempo.
Irrita me que as pessoas tenham notado isso em mim e olhem com desconfiança quando digo que quero fazer ou ser algo.
Medo de falhar. Esse é o meu maior obstáculo. Sinto falta de apoio. Mas sei que o meu único apoio só pode ser eu mesma.
Oh céus o que eu daria para ser forte, uma estratega, uma optimista. Mas quando me olho ao espelho só vejo um rosto pálido causado por uma doença que insiste em não me largar. Que não me deixa concentrar, focar, memorizar.
É extremamente extenuante sentir me assim.... Exasperante...
Sinto falta de algo mais. De saber o que fazer com aquilo que aprendo, de levar algo até ao fim. De ser notada, de ser boa em algo.
Hoje o Cheers não tem um sorriso, antes umas reticências.....

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